Dia desses estava me perguntando: "por que design?", tantas outras coisas que prometem um futuro promissor como medicina, direito, engenharia, tráfico e acompanhante de senhoras, eu fui escolher logo o design. Acho que todos da área já se perguntaram como chegaram nessa decisão. Eu assumo, tomei bomba no vestibular de engenharia de computação, queria sair da minha cidade e não fazia a mínima idéia de o que era esse tal de design digital, sim, e hoje ainda fico de cara quando alguém diz que eu faço "designer".
Hoje é difícil me imaginar estudando outra coisa, tá é uma profissão ingrata, eu sei, nem minha mãe sabe direito o que eu faço, imagino a agonia dela tendo que explicar pra cabeleireira a profissão do filho, seria tão mais fácil e de tom orgulhoso poder dizer que o filho faz medicina e corta pessoas, essas coisas.
Posso dizer que foi um amor que nasceu pelo convívio... sim, só pode, só com muito amor para virar noites e noites de projetos, com litros e litros de café. E também não foi algo que veio do berço ou almejado por mim nos testes vocacionais. Alguém já viu uma criança dizer que quer ser designer quando crescer? Bom, meu sobrinho de 9 anos disse que quer fazer o que eu faço, mas é tolerável, ele viu uma casinha que fiz no SketchUp e achou o máximo, não ia ser eu que ia destruir os sonhos do pobrezinho e mostrar a realidade, escondi dele os códigos em html, os livros de semiótica e nunca vou falar perto dele sobre a tal metodologia de pesquisa científica em design. Com sorte, ele opta por uma carreira de pessoas normais, ou será mais um a rejeitar o sono e a vida social (Twitter não conta como vida social) pra fazer o que gosta.
